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Dispositivo gera energia renovável e purifica água do mar


 

Os pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah, na Arábia Saudita, descobriram uma maneira de purificar a água e produzir eletricidade a partir de um único dispositivo alimentado pela luz solar.

Os cientistas adaptaram um painel solar que não apenas gerava energia, mas usava parte da energia para destilar e purificar a água do mar.

Eles acreditam que a ideia pode fazer uma grande diferença em climas quentes e ensolarados, com suprimento limitado de água. O principal autor da pesquisa espera que um dispositivo comercial esteja disponível em cinco anos.

A energia renovável e água limpa estão entre os principais desafios para o desenvolvimento sustentável, especialmente nos países emergentes. Mas as abordagens tradicionais à geração de eletricidade consomem grandes quantidades de água. Nos EUA e na Europa, cerca de 50% da retirada de água é para produção de energia.

Da mesma forma, a produção de água potável via dessalinização (processos químicos da retirada de sal e outros minerais da água do mar, tornando-a apropriada para o consumo) em países com escassez de água é um grande consumidor de energia.

Estima-se que nos países árabes cerca de 15% da produção de eletricidade seja usada para produzir água potável. Para mudar este cenário, os pesquisadores acreditam ter encontrado uma maneira de combinar essas ações em um único dispositivo.

Os painéis solares de última geração existentes enfrentam limites físicos à quantidade de luz solar que eles podem realmente transformar em eletricidade. Normalmente, cerca de 10 a 20% do sol que atinge o painel se torna energia. O restante desse calor é considerado desperdício.

Nesta experiência, os cientistas projetaram uma unidade de destilação por membrana de três estágios e a anexaram à parte traseira do painel solar fotovoltaico.

A membrana evapora a água do mar a temperaturas relativamente baixas. Os pesquisadores conseguiram produzir três vezes mais água potável do que os painéis solares convencionais, além de gerar eletricidade com uma eficiência superior a 11%. Isso significava que o dispositivo estava gerando nove vezes mais energia do que o alcançado em pesquisas publicadas anteriormente.

Segundo os autores, se a tecnologia fosse ampliada e usada globalmente, poderia, em teoria, produzir 10% da quantidade total de água potável consumida em 2017.

No entanto, existem muitas etapas complicadas a serem seguidas para desenvolver e comercializar esse tipo de dispositivo. Existem algumas desvantagens inerentes, pois é necessária uma grande área de terra para coletar luz solar suficiente para ser eficaz na purificação de água.

A pesquisa completa pode ser acessada no site da Nature Communications.

Fonte: BBC. Nature Communaction, AESBE, Super Abril